Comprometidas em antecipar as negociações salariais deste ano, as comissões de negociação da Campanha Salarial Unificada dos Comerciários 2016/2017 iniciaram as rodadas com os patrões, segunda-feira, 20 de junho, em duas reuniões. Segundo o presidente da Fecomerciários, Luiz Carlos Motta, o objetivo da antecipação é assinar as Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) dentro das respectivas datas bases. A saber: práticos de farmácia (1º de julho), comércio varejista e atacadista (1º de setembro), concessionárias (1º de outubro).
Nas duas reuniões o presidente Motta disse que as principais reivindicações giraram em torno de reajustes com INPC integral e aumento real para recompor o poder de compra da categoria. “Em 2015, houve embates em torno da crise econômica com o risco de o ônus da recessão ser transferido para os comerciários por vontade patronal. Por isso, a demora em assiná-las. Nossos Sindicatos jamais aceitariam, como não vão aceitar, prejudicar ganhos salariais e perder quaisquer cláusulas sociais presentes nas CCTs anteriores”. Ele observa, ainda: “Também já começamos a discutir as nossas propostas para valorizar os trabalhadores”.
Práticos
A reunião abriu a tarde de negociações. Foi realizada na sede da Fecomerciários e destacou, junto aos patrões, o posicionamento contrário da entidade ante a proposta de ser adotado um teto para o reajuste para os salários, considerados elevados pelos empresários. Motta frisa: “Não tem acordo. Representamos todos os trabalhadores sem distinção”. O encontro prosseguiu com a apresentação patronal de outras medidas igualmente repudiadas pela Fecomerciários. Entre elas, consta a ideia de se implantar o banco de horas.
Ao reafirmarem que não aceitam tais medidas, os sindicalistas comerciários explicaram o porquê de não abrirem mão do reajuste salarial pelo índice INPC/IBGE mais 2% de aumento real e vale-refeição. “Há crescimento econômico no setor”, apontou Motta.
Comerciários
Logo depois da reunião dos práticos de farmácia os dirigentes seguiram para a sede da Fecomercio SP, onde ocorreu a primeira rodada do comércio varejista e atacadista do ano. Os patrões colocaram na mesa proposta de parcelamento do índice de reajuste. O presidente Motta fez questão de afirmar que caso haja o fracionamento, é necessário que o total do índice seja preservado, sem perdas. “Nós aceitamos, desde que seja garantido o valor total do índice definido para a data base”, destacou Motta.
Os resultados das avaliações das propostas para os práticos e comerciários serão apresentados num novo encontro. A data ainda não foi definida.
Fonte: Fecomerciários