Durante o Seminário, o Presidente do Sincomerciários, Vereador Amauri Mortágua, é aplaudido na Sessão Plenária de discussões e escolhido como um dos membros para representar a Delegação Brasileira no seguimento do Seminário, no Chile.
Nos dias 23 e 24 de junho aconteceu em Brasília – DF, o “Seminário Internacional dos Comerciários CNTC (Confederação dos Trabalhadores no Comércio) – UNI Americas: Multinacionais no Setor de Comércio no Brasil". O evento contou com a presença de mais de 400 pessoas, entre parlamentares, especialistas de todos os estados do Brasil e internacionais (Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Peru), representantes de federações, de empresas e de trabalhadores.
A Delegação da Fecomerciários de São Paulo contou com 26 participantes, entre eles, o Presidente do Sincomerciários de Tupã, Vereador Amauri Mortágua. Durante o Seminário foram discutidos os seguintes temas: “O Impacto das Empresas Multinacionais no Setor de Comércio e a proteção dos trabalhadores nesse setor”, “O Novo Modelo de Negócios Vigente no Setor”, “As Implicações para os Sindicatos de Comércio da Nova Conjuntura” e “A Articulação de um Novo Plano para a CNTC, Federações e Sindicatos”.
O evento é mais um instrumento de defesa dos trabalhadores, por justiça, cidadania e qualidade de vida e contou com palestras que apresentaram dados e propostas para ações futuras em favor da Agenda do Trabalho Decente. Mostrou ainda o avanço da dominação do mercado pelos grandes grupos e a decadência maior do trabalhador por essas empresas, consequentemente também se observa a elevação de causas trabalhistas contra os abusos cometidos por essas empresas reconhecidas pela busca de lucros maiores.
Participação ativa
Desde o primeiro dia do evento, em cada palestra, os participantes questionaram os palestrantes sobre os assuntos, tiraram dúvidas e compartilharam experiências com os demais. Vários dirigentes comerciários se revezaram ao microfone para discutir os assuntos debatidos no evento.
Na sessão plenária de discussão, o Presidente do Sincomerciários, Vereador Amauri Mortágua, teve duas participações e foi aplaudido nos dois dias pela sua posição e participação ativa. Ele explicou que a solidariedade e bairrismo é uma forma de combater a globalização e as interferências no modo de viver e ser dos Países.
“Devemos manter a frente a luta na trincheira global, com unidade de ação em todos os países onde estão instaladas as multinacionais, e, ao mesmo tempo, acrescentar a trincheira local, a luta regional, da solidariedade e do bairrismo, onde a interferência das multinacionais se dilui e enfraquece, possibilitando vitórias e valorização de nossas empresas, inclusive e principalmente as mini, micro, pequenas e médias empresas, que são as quem mais geram empregos e movimentam a economia de nossas cidades”, explica Amauri.
Amauri ainda defendeu “a inserção da Corrente Comerciária, movimento dos comerciários paulistas, de participação ativa dos trabalhadores nas esferas de decisão política, cujo modelo começa a ser seguido por outras categorias e em vários estados”.
Seminário
O presidente da CNTC, Levi Fernandes Pinto, em seu discurso, falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos comerciários em todo o mundo, especialmente no Brasil, que vive um momento crítico com a aprovação de leis que retiram direitos dos trabalhadores.
“Vivemos um momento social e político de suma importância em nosso país. Vivemos o pior da crise, com demissões, jornadas exaustivas, perda de direitos e de garantias constitucionais. O setor empresarial e as multinacionais ditam as regras que os trabalhadores serão obrigados a seguir”, afirmou.
“Precisamos ter influência dentro das grandes empresas porque são elas que ditam as tendências do mercado. Queremos trabalhar em parceria com os filiados e romper barreiras sindicalizando os trabalhadores das multinacionais”, disse Benjamin Parton, representante da UNI Americas,
Gustavo Triani, diretor regional de comércio da UNI Americas, foi o terceiro palestrante, encerrando o ciclo de debates da manhã com o tema: “Quais são as principais empresas de comércio no Brasil?”. Ele falou que “precisamos, no futuro, ter lojas mais familiares e supermercados menores”, e que é preciso “debater como queremos trabalhar no futuro”.
