O presidente do Sincomerciários de Tupã repudia a aprovação da terceirização ampliada
O forte coro uníssono de grito de guerra no dia do evento em Comemoração ao Dia do Trabalhador, promovida pelo Sindicato dos Comerciários, presidido pelo Vereador Amauri Mortágua, no dia 1º de Maio, demonstrou preparo dos Comerciários presentes para os combates que se avizinham e o engajamento nas lutas contra projetos que ferem os direitos, garantias e conquistas trabalhistas.
As manifestações espontâneas dos comerciários foram precedidas por palestras e discussões sobre o tema, promovidas pelo Sindicato desde o desengavetamento e nova tramitação deste projeto na Câmara. Desse modo, com faixas, banners, que faziam apologia contra o projeto de Ampliação da Terceirização (PL 4330), os comerciários da região manifestaram seu descontentamento com a realidade que os trabalhadores do País atravessam. A matéria do projeto PL 4330 foi aprovada pela Câmara dos Deputados, no mês passado e segue no Senado, cercado de polêmicas.
A grande imprensa destacou que durante uma reunião com centrais sindicais, as vésperas de comemorações do Dia do Trabalhador, a presidente Dilma defendeu a necessidade de regulamentar a terceirização, mas ressaltou que é preciso garantir os direitos dos trabalhadores e impedir a perda de recursos da Previdência Social, "garantindo a sua sustentabilidade". Mostrou também disposição do Presidente do Senado em discutir matéria com os Sindicatos, objetivando alterar o texto aprovado pela Câmara Federal.
Terceirização Não
A proposta (PL 4330) regulamenta os contratos de terceirização. O texto autoriza o uso de serviços terceirizados em qualquer atividade das empresas. Hoje, apenas as atividades-meio, como limpeza e segurança, podem ser terceirizadas.
O presidente do Sincomerciários de Tupã, Vereador Amauri Mortágua, explica que a terceirização ocorre quando o trabalho de alguém é vendido à empresa por um intermediário que lucra com isso. Em consequência, Amauri explica que a terceirização precariza as condições de trabalho. “Os terceirizados ganham menos, têm jornada de trabalho maior, demoram mais a se aposentar e sofrem mais acidentes de trabalho. Além disso, existem queixas da falta de pagamento de direitos trabalhistas e os casos de empresas que fecham antes de quitar débitos com trabalhadores”, afirma.
O Vereador Amauri conclui: “Não queremos a terceirização ampliada de maneira alguma, atrás do discurso de modernização da indústria e do campo, estão as piores formas de exploração do trabalho humano”.
