Protestos contra ampliação da terceirização é adiada após pressão das manifestações ocorridas
As manifestações de ontem e todo o trabalho permanente dos Sindicatos e das Centrais Sindicais obrigaram o presidente da câmara dos deputados a adiar a votação do projeto de terceirização de mão de obra.
Eduardo cunha, o presidente da câmara, queria, a todo custo, votar a matéria ontem, da forma como estava redigida pelo relator.
Um verdadeiro trem da alegria das grandes empresas e multinacionais, com prejuízos incalculáveis aos trabalhadores e retrocesso da legislação trabalhista.
Estamos em São Paulo, como vice-presidente da UGT-SP, com o companheiro Luiz Carlos Motta, presidente da UGT/SP (que até terça-feira estava em Brasília, nesta luta), nas manifestações de ontem, em nosso Estado de São Paulo, nas rodovias e nas principais vias da capital e de várias cidades do interior do estado.
Manifestação na avenida paulista, durante o dia; e, depois, ao cair da tarde, participamos das manifestações nas vias: avenida Rebouças e Consolação, no centro da capital, a partir das 18 horas, com enorme concentração de milhares de trabalhadores, na chuva, com capas e guarda-chuvas (calcula-se mais de 30 mil), com objetivos claros de lutar por seus direitos e suas conquistas.
Justamente no mesmo horário da realização da sessão da câmara que iniciava a votação do projeto. Esta manifestação acontecia em 23 estados e mais o Distrito Federal.
Deputados sensibilizados com o clamor dos trabalhadores na rua pressionaram o presidente da câmara que suspendeu a sessão, fez reunião com colegiado de líderes e retornou adiando a votação para quarta-feira da semana que vem.
É mais uma vitória da união dos trabalhadores e das mobilizações de seus sindicatos e centrais sindicais.
Vamos continuar esta luta. Os ministros do governo se propõem a negociar com representantes dos trabalhadores, dos empresários, do congresso e da sociedade civil, na busca de um acordo.
Tudo isto reflete a nossa luta, incessante, incansável na defesa de nossos direitos.
Há uma semana atrás, o projeto já era tido como aprovado, inclusive por alguns sindicalistas de renome, que erraram na avaliação.
Motta, Eu e a maioria dos sindicalistas acreditamos na capacidade de mobilização dos trabalhadores na defesa de suas conquistas.
Assim que deve ser. Lutar sempre, esmorecer jamais..
Esta luta não acabou. A vitória que ora comemoramos é apenas de forma. Falta o principal: o conteúdo.
Vamos chegar lá!!!
Vereador Amauri Mortágua
Presidente do Sincomerciários de Tupã
Secretário da Fecomerciários de SP, e
Vice-presidente da UGT/SP