Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) participará, nesta quarta-feira (14), de uma reunião no gabinete do Ministro do Trabalho e Emprego Manoel Dias. O encontro que acontecerá em Brasília, terá como objetivo abordar as demissões que estão ocorrendo no comércio, que chegam a 12 mil por mês e as questões relacionadas à situação dos trabalhadores e trabalhadoras da Volkswagen e da Mercedes-Benz.
A UGT, juntamente com as demais centrais sindicais, participou na manhã desta terça-feira (13) de uma reunião na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), onde foi decidido que o movimento sindical vai encaminhar à presidente Dilma Rousseff um pedido de suspensão imediata das Medidas Provisória 664/14 e 665/14, que restringe o acesso da população e dos trabalhadores e trabalhadoras a benefícios previdenciários e trabalhistas. Essas medidas contrariam o que a então candidata à reeleição, Dilma Rousseff, afirmara durante a campanha eleitoral, de que não tiraria direitos da legislação trabalhista.
Na reunião com ministro do trabalho, Ricardo Patah vai pedir medidas urgentes do MTE para as demissões que estão acontecendo no comércio de São Paulo. O sindicalista lembrou que no Sindicato dos Comerciários de São Paulo são realizadas, todos os meses, 12 mil homologações e que o setor de revenda de automóvel já está sinalizando com mais demissões em função do que está ocorrendo nas montadoras.
" O que a Volkswagen está fazendo é chantagem com o Governo. Ela foi uma das mais beneficiadas com a desoneração da folha de pagamento e a redução do IPI. Mandou bilhões de dólares para sua matriz e, agora que a economia atravessa uma faze de ajuste, promove demissões na tentativa de continuar com isenções fiscais", diz o sindicalista.
Ricardo Patah também debaterá com o ministro as principais exigências do movimento sindical para a retomada dos diálogos entre governo e centrais. O sindicalista afirma que no dia 19 de Janeiro haverá uma reunião com ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto e todas as centrais, para a entrega do documento exigindo a suspensão imediata das medidas provisórias. Também durante a reunião das centrais, ficou decidido que no dia 28 de Janeiro será o Dia Nacional de Luta da Classe Trabalhadora e que no dia 26 de Fevereiro os trabalhadores farão uma grande marcha para cobrar, da presidenta, os compromissos com a classe trabalhadora.