Projeto foi pioneiro na região e foi unanime em votação na Câmara Municipal
Ontem na sessão ordinária na Câmara Municipal de Tupã, o vereador Amauri Mortágua apresentou uma moção manifestando apoio aos trabalhadores da Sabesp de Tupã e região, e do interior do Estado de São Paulo pelas reivindicações de equiparação salarial com relação aos trabalhadores da capital que realizam o mesmo serviço e recebem um salário maior.
Todos os vereadores subscreveram a moção que teve unanimidade em favor do projeto apresentado por Amauri Mortágua que ressaltou. “Esta mesma moção foi pioneira e houve uma divulgação em todo o Estado de São Paulo, fortalecendo a luta dos trabalhadores da Sabesp que vêm buscando salários dignos e justos. Mas até o momento não houve qualquer avanço nas negociações e os trabalhadores estão se movimentando, inclusive com protestos e paralisações temporárias e parciais que, caso não haja solução, poderá conduzir à greve no setor”, explicou.
Mortágua falou sobre a votação da moção de sua autoria. “Nós queremos agradecer a votação por unanimidade. Os funcionários da Sabesp merecem esse apoio. Em negociações salarias no ano passado, ficou definido que os salários seriam equiparados em relação capital e interior. Os serviços são iguais e a própria legislação determina que os salários sejam realmente iguais, com isso há muito respaldos em favor dos trabalhadores da Sabesp que podem contar com o nosso apoio”, disse.
O vereador ainda citou que a moção será entregue para o Governo Geraldo Alckmin, através do Presidente da Fecomerciários, Motta. “Vamos unir forças para lutar pelos trabalhadores da Sabesp de Tupã e região, o primeiro passo está sendo dado hoje (ontem) aqui na Câmara Municipal, eu entreguei a moção para o tupãense Motta que faz parte de um grupo de sindicalista que atua em todo o Estado. Motta se comprometeu em entregar em mãos a cópia da moção apresentada aqui hoje (ontem), para o Governador Geraldo Alckmin. Em visita a Tupã na semana passada, o Deputado Campos Machado também levou uma cópia da moção e se comprometeu em apoiar os trabalhadores da Sabesp. Com isso vamos aumentar o coro de reivindicações para que seja corrigida essa injustiça. Estamos juntos nessa luta”, ressaltou.
Amauri ainda explicou que a cópia da moção também será encaminhada ao Secretário de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, ao Presidente da Sabesp, ao Gerente local da Sabesp, ao Presidente do SINTAEMA (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto, e Meio Ambiente do Estado de São Paulo) e ao Delegado Sindical do SINTAEMA, para Tupã e região, João Cândido Soares Barreiros.
Paralisação ganha força na região
Hoje pela manhã, no Departamento de Recursos Humanos da Sabesp, está sendo realizadas reuniões em São Paulo com a participação de Sindicatos. Os resultados dessas reuniões serão levados no período da tarde ao TRT (Tribunal Regional de Trabalho), aonde irão se reunir as entidades, a diretoria da Sabesp e os representantes do TRT.
Após as negociações uma assembleia decidirá ou não pela grave, mas de acordo com Barreiros, a greve é iminente caso a Sabesp não acene para um acordo com os trabalhadores. “Há algum tempo estamos lutando pelo fim da descriminação salarial. Nós recebemos um salário chamado de regional e estamos tendo apoio de vários parlamentares, sendo que o primeiro foi o vereador Amauri Mortágua.
Amanhã, dia 26, está previsto uma greve caso não haja acordo entre trabalhadores e a Sabesp. A adesão está sendo grande e na última paralisação tivemos 80% em toda a região e interior do Estado. Hoje haverá uma assembleia na cidade de Lins onde os trabalhadores de todo o interior estarão decidindo o rumo do nosso movimento, mas provavelmente se nada for decido até hoje, amanhã assembleia pode deflagrar uma greve”, enfatizou.
Para finalizar o dirigente sindical explicou que a Sabesp tenta a todo custo prorrogar o salário regional. “Nada de concreto foi definido, eles (a Sabesp) acenaram pela possibilidade de terminar com o salário regional mas quer mais um tempo, mas na verdade esse tempo já acabou no ano passado e fevereiro foi a última tacada, agora vamos para o tudo ou nada. Se não pagar a gente (trabalhadores da Sabesp) nós entraremos em greve”, completou João Cândido Soares Barreiros.